Estrutura química do ácido araquidónico,
do qual derivam a grande maioria dos eicosanoides. Ver NC5 – Nota
Complementar5.
Em
bioquímica, chamam-se eicosanoides as moléculas derivadas de ácidos graxos com
20 carbonos das famílias ômega-3 e ômega 6. A maioria dos eicosanoides mais relevantes
deriva do ácido araquidónico através da via metabólica da cascata do ácido
araquidónico. Elas exercem um complexo controle sobre diversos sistemas do
organismo humano, especialmente na inflamação, imunidade, e como mensageiros do
sistema nervoso central. As redes de controles biológicos que dependem dos
eicosanoides estão entre as mais complexas do corpo humano. Os eicosanoides ω-6 são geralmente
pró-inflamatórios, enquanto os ω-3 exercem bem menos essa função. A quantidade
desses ácidos graxos na dieta de uma pessoa afeta as funções controladas pelos
eicosanoides no organismo dela, podendo afetar o sistema cardiovascular, a
quantidade de triglicérides, a pressão arterial, e artrite. Drogas
anti-inflamatórias, como o ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios
não-esteroides agem diminuindo a síntese de eicosanoides. Existem três famílias de eicosanoides: os
prostanóides, leucotrienos e lipoxinas. Os prostanóides incluem as
prostaglandinas, as prostaciclinas e os tromboxanos. Para cada uma há duas ou
três séries separadas, derivadas de um ácido graxo ω-3 ou ω-6. As diferentes
atividades dessas séries explicam os efeitos benéficos dos ω-3 e ω-6 para a
saúde.
Fazem
parte deste grupo medicamentos muito conhecidos, em parte por alguns já estarem
disponíveis há muito tempo, por serem de venda livre (MNSRM), e pelo vasto
número de situações em que são usados. Alguns nomes sonantes incluem o ácido
acetilsalicílico, ibuprofeno e naproxeno. O paracetamol, embora possua um
mecanismo de acção semelhante e tenha efeito antipirético e analgésico2 , é
praticamente desprovido de efeito anti-inflamatório. O uso abusivo também pode provocar efeitos
colaterais, como hipertensão, gastrite e hepatite.
Não é recomendado o uso dessas
drogas por conta própria, assim como qualquer outro medicamento.
Outras classes de drogas,
que normalmente não são consideradas analgésicos, são usadas para tratar
sindromas de dor neuropáticos.
Estas incluem antidepressivos
tricíclicos e anticonvulsantes. No Brasil,
a exposição dos analgésicos em gôndolas foi suspensa em 2010 pela Anvisa para
tentar inibir a compulsividade dos consumidores e a automedicação. A aspirina pode
inibir a produção das prostaglandinas,
que protegem a mucosa gástrica e os rins. Já o paracetamol pode
causar hepatite
medicamentosa, considerada nos Estados
Unidos a
principal causa de transplantes de fígado. Muitos analgésicos contêm altas doses de
cafeína. Por isso, a sua falta pode causar a "cefaleia de
retirada" e, assim, é necessário acompanhamento médico para a retirada
dessas drogas(Referência:
Brunton, Laurence L.; John S. Lazo, Keith L. Parker. Goodman & Gilman's The Pharmacological Basis of
Therapeutics. 11 ed. ed. [S.l.]: McGraw-Hill, 2006. ISBN 0-07-142280-3;
Bertolini, A; Ferrari A, Ottani A (2006). "Paracetamol: new vistas of an
old drug". CNS Drug Reviews: 12(3-4):250-75. PMID 17227290; Lafont, O
(2007). "From the willow to aspirin". Revue d'histoire de la
pharmacie: 55(354):209-16. PMID 18175528; Khanapure SP; Garvey DS, Janero DR,
Letts LG (2007). "Eicosanoids in inflammation: biosynthesis, pharmacology,
and therapeutic frontiers". Current Topic in Medicinal Chemistry:
7(3):311-40. PMID 17305573; Süleyman H; Demircan B, Karagöz Y (2007). "Anti-inflammatory
and side effects of cyclooxygenase inhibitors". Pharmacological reports:
PR: 59(3):247-58. PMID 17652824; Bertolini A; Ottani A, Sandrini M (2001).
"Dual acting anti-inflammatory drugs: a reappraisal". Pharmacological
Research: 44(6):437-50. PMID 11735348; Loureiro, Ana Paula de Melo.. Nefrotoxicantes
e Mecanismos de Lesão Renal).
Exemplos de analgésicos:
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