Observação: Absorção de medicamentos no organismo.
Assim que se ingere um medicamento pela “via oral”,
a seqüência é faringe, esôfago e estômago. No estômago, as enzimas digestivas
começam a triturar o medicamento digerido (o mesmo processo que acontece quando
digerimos alimentos). Se o medicamento não tiver uma cápsula protetora já
sofrerá degradação no estômago. Do
estômago o medicamento ascende ao intestino. É nesse órgão que ocorrerá a absorção
da maior parte do princípio ativo, pois esse órgão é rodeado por muitos vasos
sanguíneos. Como as maiorias dos medicamentos são bem solúveis, os princípios
ativos atravessam as membranas permeáveis do intestino e penetram nesses
vasos. Chegando à corrente sanguínea, o
princípio ativo do remédio começa a circular pelas artérias e veias do
organismo, que são responsáveis por levar a substância química do remédio até o
exato ponto onde ela precisa agir. Em geral, o medicamento que circula na
corrente sanguínea só não penetra numa parte do corpo: o cérebro. Para
preservar essa sensível região de danos colaterais, existe uma proteção
fisiológica chamada barreira hematoencefálica. Ela impede a passagem da maioria
das substâncias químicas para o liquor, o líquido que envolve o sistema nervoso
central. O segredo do medicamento é que ele só entra em ação quando seu
princípio ativo interage com moléculas do corpo chamadas de receptores. Como
cada órgão coração, pulmão, fígado, etc., tem receptores específicos, o
medicamento só age quando seu princípio ativo encontra moléculas que se
“encaixem” perfeitamente com sua fórmula química. É a famosa “chave-fechadura”
que tanto se fala nas aulas de fisiologia médica. Assim a título de revisão, as
formas de administrar os medicamentos têm linha de raciocínio especifico para
compreender sua absorção. Os alunos e leitores dos livros do Professor César
Venâncio, questionam a ação prolixa de seus textos. Responde o autor dizendo:
NÃO ESCREVEMOS OS LIVROS PARA COMÉRCIO, E SIM AGREGAR INFORMAÇÕES RELEVANTES.
Conclusão.
Nessa nota técnica vimos superficialmente o que o
corpo faz, na primeira fase, aos medicamentos quando ingeridos. Cada formulação
medicamentosa (a forma do medicamento) pode afetar a absorção, distribuição,
metabolização e excreção. Veremos no Volume V – TOMO III destinado a
Farmacologia Clínica: farmacocinética e farmacodinâmica as várias formas de
medicamentos:
1. -
Comprimidos;
2. -
Supositórios;
3. -
Comprimidos sublinguais;
4. -
Via transdérmica;
5. -
Inaladores e spray nasais;
6. -
Colírios;
7. -
Intravenosa (IV);
8. -
Intratecal;
9. -
Intramuscular (IM);
10. -
Subcutânea (SC).
Esse livro não impõe aos leitores, com exceção dos
alunos, a continuidade de conteúdos para formação técnica. Nesse desiderato
informo aqui, aos não alunos, e relvanmtes leitores as notas técnicas
seguintes:
Cada medicamento tem uma dosagem certa, e cada
fármaco ou droga, age de formas variáveis e especificas. Vejamos três exemplos
complementares já mencionados em outras páginas do presente livro.
ANALGÉSICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS.
São exemplos de medicamentos que não agem em contato
com as moléculas receptoras. Para diminuir dores e inflamações, eles inibem a
produção de uma substância chamada prostaglandina — que entra em ação quando o
corpo é invadido por alguma bactéria ou agente agressor. Com menos
prostaglandina no organismo, a pessoa sente menos dor.
ANSIOLÍTICOS (CALMANTES).
É uma classe grande de remédios complexos. Atinge a
barreira hematoencefálica (que protege o cérebro de substâncias químicas) e
atuam no sistema nervoso central. Os ansiolíticos se ligam então a receptores
que reduzem a excitação na transmissão dos neurônios — a passagem de um impulso
elétrico de um neurônio para outro. Isso reduz os impulsos nervosos que causam
a ansiedade.
ANTI-HIPERTENSIVOS.
São remédios que atuam de diversas formas, mas
buscando sempre o mesmo objetivo: reduzir a pressão arterial. Os
anti-hipertensivos podem tanto dilatar as artérias (aumentando seu calibre e a
vazão do sangue) quanto reduzir a freqüência cardíaca, fazendo com que o
coração bata menos rápido
A absorção do medicamento em nosso
organismo.
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