MEDICAMENTOS
POTENCIALMENTE PERIGOSOS.
Como já posicionado e reafirmam-se os medicamentos
potencialmente perigosos são aqueles que possuem risco aumentado de provocar
danos significativos aos pacientes em decorrência de falha no processo de
utilização. Os erros que ocorrem com esses medicamentos podem não ser os mais
freqüentes, porém suas conseqüências tendem a ser mais graves, podendo ocasionar
lesões permanentes ou à morte(Cohen MR, Smetzer JL, Tuohy NR, Kilo CM. High-alert medications:
safeguarding against errors. En: Cohen MR, editor. Medication Errors. 2nd ed.
Washington (DC): American Pharmaceutical Association; 2007. p. 317- 411).
No Brasil existe uma organização cuja sigla é ISMP
entre outras organizações dedicadas à segurança do paciente em várias partes do
mundo que recomendam que os
profissionais de saúde que trabalham com estes medicamentos conheçam seus
riscos e que os hospitais implantem práticas para minimizar a ocorrência de
erros com os mesmos(Instituto para el Uso Seguro de los Medicamentos.
Recomendaciones para la prevención de errores de medicación. ISMP-España
Boletín nº 35 (Octubre 2012): Salamanca. Disponível em: http://www.ismp-espana.org/ficheros/Boletin%2035-%20Octubre%202012.pdf).
Na defesa social as organizações comentadas definem
pontos de estratégias que sugerem e podem incluir padronização das prescrições,
do armazenamento, da dispensação, do preparo e da administração desses
produtos, melhorias no acesso às informações sobre estes fármacos, limitação ao
acesso, uso de rótulos auxiliares e alertas automatizados e adoção de checagem independente
(duplo check) manual ou automatizada, quando necessário ou indicado. É
importante ressaltar que a dupla checagem manual ou independente pode não ser
adequada para todos os medicamentos da lista(Institute for Safe Medication
Practices. ISMP´s list of high-alert medications. Huntingdon Valley (PA): ISMP;
2012. Disponível em:
http://www.ismp.org/Tools/highalertmedications.pdf).
O ISMP apresenta em seu sitio na internet uma lista
de medicamentos sugerindo que são potencialmente perigosos para hospitais. A
lista atualizada apresenta pela egrégia associação acadêmica apresentou em sua
última edição poucas modificações, como
pode ser observado na versão brasileira apresentada, está dividida em classes
terapêuticas e medicamentos específicos, sendo a maioria deles usados
exclusivamente em âmbito hospitalar. Foram acrescentados os inibidores diretos
de trombina, dentro da classe terapêutica de agentes antitrombóticos, e a
dexmedetomidina, agonista adrenérgico seletivo alfa-2, no grupo de sedativos intravenosos de ação moderada. A vasopressina e a prometazina
injetáveis foram incluídas na lista de medicamentos específicos. Para enfatizar
que todas as insulinas são consideradas medicamentos potencialmente perigosos,
elas agora fazem parte da lista de classe terapêutica e não mais da lista de
medicamentos específicos. Sejam
administradas por via intravenosa ou subcutânea, sejam acondicionadas em qualquer tipo de embalagem
(frasco-ampolas, canetas) ou qualquer outro tipo de dispositivos para
administração.
LISTA DE MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE PERIGOSOS.
Medicamentos Potencialmente Perigosos em Hospitais.
Classes Terapêuticas.
1. Agonistas adrenérgicos intravenosos (ex.
epinefrina, fenilefrina, norepinefrina);
2. Anestésicos gerais, inalatórios e intravenosos (ex.
propofol, cetamina);
3. Antagonistas adrenérgicos intravenosos (ex.
propranolol, metroprolol, labetalol);
4. Antiarrítmicos intravenosos (ex. lidocaína,
amiodarona)
5. Antitrombóticos;
6. Anticoagulantes (ex. heparina, varfarina, heparinas
não fracionadas e de baixo peso molecular (ex. enoxaparina, dalteparina,
nadroparina);
7. Inibidor do Fator Xa (ex. fondaparinux,
rivaroxabana);
8. Inibidores diretos da trombina (ex. dabigatrana,
lepirudina);
9. Trombolíticos (ex. alteplase, tenecteplase);
10. Inibidores da glicoproteína llb/llla (ex.
eptifibatide, tirofibana);
11. Bloqueadores neuromusculares (ex. suxametônio,
rocurônio, pancurônio, vecurônio);
12. Contrastes radiológicos intravenosos;
13. Hipoglicemiantes orais;
14. Inotrópicos intravenosos (ex. milrinona)
15. Insulina subcutânea e intravenosa (em todas as
formas de administração);
16.
Medicamentos administrados por via
epidural ou intratecal;
17. Medicamentos na forma lipossomal (ex. anfotericina
B lipossomal) e Convencionais (ex. anfotericina B deoxicolato);
18. Analgésicos opióides intravenosos, transdérmicos, e
de uso oral (incluindo líquidos concentrados e formulações de liberação
imediata ou prolongada);
19. Quimioterápicos de uso parenteral e oral;
20. Sedativos de uso oral de ação moderada, para
crianças (ex. hidrato de cloral);
21. Sedativos intravenosos de ação moderada (ex.
dexmedetomidina, midazolam);
22. Soluções cardioplégicas;
23. Soluções de diálise peritoneal e hemodiálise
24. Soluções de nutrição parenteral.
Medicamentos Específicos.
1. Água estéril para inalação e irrigação em
embalagens de 100mL ou volume superior;
2. Cloreto de potássio concentrado injetável;
3. Cloreto de sódio hipertônico injetável
(concentração maior que 0,9%);
4. Epoprostenol intravenoso;
5. Fosfato de potássio injetável;
6. Glicose hipertônica (concentração maior ou igual a
20%);
7. Metotrexato de uso oral (uso não oncológico);
8. Nitroprussiato de sódio injetável;
9. Oxitocina intravenosa;
10. Prometazina intravenosa;
11. Sulfato de magnésio injetável;
12. Tintura de ópio;
13. Vasopressina injetável.
RECOMENDAÇÕES PARA PREVENÇÃO DE ERROS DE MEDICAÇÃO
COM OS MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE PERIGOSOS
a)
Estabelecer e divulgar a lista dos medicamentos potencialmente perigosos na
instituição de saúde.
b)
Padronizar a prescrição, dispensação, preparação, administração e
armazenamento.
c)
Utilizar etiquetas auxiliares com cores ou sinais de alerta diferenciados nas
embalagens.
d)
Implantar práticas de dupla checagem na dispensação no preparo e administração.
e)
Limitar o número de apresentações e concentrações disponíveis, particularmente
de anticoagulantes, opiáceos e insulinas.
f)
Retirar das enfermarias e ambulatórios soluções concentradas de eletrólitos,
particularmente cloreto de potássio injetável.
g)
Estabelecer e divulgar as doses máximas desses medicamentos.
h)
Fornecer e melhorar o acesso à informação sobre estes medicamentos.
i)
Utilizar indicadores para gerenciamento dos erros de medicação.
j)
Incorporar alertas de segurança nos sistemas informatizados de prescrição e
dispensação.
Bibliografia recomendada.
Conseqüências
dos erros de medicação em unidades de terapia intensiva e semi-intensiva
- Maria Cecília Toffoletto, Kátia Grillo Padilha; Erros
de administração de antimicrobianos identificados em estudo multicêntrico
brasileiro - Tatiane Cristina Marques, Adriano Max Moreira Reis, Ana
Elisa Bauer de Camargo Silva, Fernanda Raphael Escobar Gimenes, Simone Perufo
Opitz, Thalyta Cardoso Alux Teixeira, Rhanna Emanuela Fontenele Lima, Silvia
Helena De Bortoli Cassiani; Erros
de dispensação de medicamentos em farmácia hospitalar - ANACLETO,
Tânia Azevedo, PERINI, Edson, ROSA, Mário Borges e CESAR, Cibele Comini; Erros
de dispensação de medicamentos em um hospital público pediátrico -
Lindemberg Assunção Costa, Cleidenete Valli, Angra Pimentel Alvarenga; Erros
de medicação e sistemas de dispensação de medicamentos em farmácia hospitalar
- Tânia Azevedo Anacleto, Edson Perini, Mário Borges Rosa e Cibele Comini
Cesar; Erros
de medicação: tipos, fatores causais e providências tomadas em quatro hospitais
brasileiros
Adriana Inocenti Miasso, Cris Renata Grou, Silvia Helena De Bortoli Cassiani, Ana Elisa Bauer de Camargo Silva, Flávio Trevisan Fakih; Erros de prescrição em hospitais brasileiros: um estudo exploratório multicêntrico - Adriana Inocenti Miasso, Regina Célia de Oliveira, Ana Elisa Bauer de Camargo Silva, Divaldo Pereira de Lyra Junior, Fernanda Raphael Escobar Gimenes, Flávio Trevisan Fakih, Sílvia Helena De Bortoli Cassiani; Erros na prescrição hospitalar de medicamentos potencialmente perigosos - Mário Borges Rosa, Edson Perini, Tânia Azevedo Anacleto, Hessem Miranda Neiva, Tânia Bogutchi; Estratégias para prevenção de erros na medicação no setor de emergência - Regina Célia de Oliveira, Ana Elisa Bauer de Camargo, Sílvia Helena De Bortoli Cassiani; Eventos adversos com medicação em Serviços de Emergência: condutas profissionais e sentimentos vivenciados por enfermeiros - Audry Elizabeth dos Santos, Kátia Grillo Padilha; O processo de preparo e administração de medicamentos: identificação de problemas para propor melhorias e prevenir erros de medicação - Adriana Inocenti Miasso, Ana Elisa Bauer de Camargo Silva, Silvia Helena de Bortoli Cassiani, Cris Renata Grou, Regina Célia de Oliveira, Flávio Trevisan Fakih; O sistema de medicação nos hospitais e sua avaliação por um grupo de profissionais - Silvia Helena De Bortoli Cassiani, Thalyta Cardoso Alux Teixeira, Simone Perufo Opitz, Josilene Cristina Linhares; Perceptions about medication errors: analysis of answers by the nursing team – Elena Bohomol, Lais Helena Ramos; Problemas na comunicação: uma possível causa de erros de medicação - Ana Elisa Bauer de Camargo Silva, Silvia Helena de Bertoli Cassiani, Adriana Inocenti Miasso, Simone Perufo Opitz; Terminologia de incidentes com medicamentos no contexto hospitalar
Maria de Almeida Rocha Rissato, Nicolina Silvana Romano-Lieber, Renato Rocha Lieber. TESES E DISSERTAÇÕES - Análise de risco do processo de administração de medicamentos por via intravenosa em pacientes de um hospital universitário de Goiás - Ana Elisa Bauer de Camargo Silva; Desenvolvimento de um modelo de construção e aplicação de um conjunto de indicadores de desempenho na Farmácia Hospitalar com foco na comparabilidade - Sonia Lucena Cipriano; Determinação do perfil dos erros de prescrição de medicamentos em um Hospital Universitário - Eugenie Desirèe Rabelo Néri; Proposta de um conjunto de indicadores para utilização na Farmácia Hospitalar com foco na Acreditação Hospitalar - Sonia Lucena Cipriano; Sistema de medicação: análise dos erros nos processos de preparo e administração de medicamentos em um hospital de ensino - Simone Perufo Opitz.
Adriana Inocenti Miasso, Cris Renata Grou, Silvia Helena De Bortoli Cassiani, Ana Elisa Bauer de Camargo Silva, Flávio Trevisan Fakih; Erros de prescrição em hospitais brasileiros: um estudo exploratório multicêntrico - Adriana Inocenti Miasso, Regina Célia de Oliveira, Ana Elisa Bauer de Camargo Silva, Divaldo Pereira de Lyra Junior, Fernanda Raphael Escobar Gimenes, Flávio Trevisan Fakih, Sílvia Helena De Bortoli Cassiani; Erros na prescrição hospitalar de medicamentos potencialmente perigosos - Mário Borges Rosa, Edson Perini, Tânia Azevedo Anacleto, Hessem Miranda Neiva, Tânia Bogutchi; Estratégias para prevenção de erros na medicação no setor de emergência - Regina Célia de Oliveira, Ana Elisa Bauer de Camargo, Sílvia Helena De Bortoli Cassiani; Eventos adversos com medicação em Serviços de Emergência: condutas profissionais e sentimentos vivenciados por enfermeiros - Audry Elizabeth dos Santos, Kátia Grillo Padilha; O processo de preparo e administração de medicamentos: identificação de problemas para propor melhorias e prevenir erros de medicação - Adriana Inocenti Miasso, Ana Elisa Bauer de Camargo Silva, Silvia Helena de Bortoli Cassiani, Cris Renata Grou, Regina Célia de Oliveira, Flávio Trevisan Fakih; O sistema de medicação nos hospitais e sua avaliação por um grupo de profissionais - Silvia Helena De Bortoli Cassiani, Thalyta Cardoso Alux Teixeira, Simone Perufo Opitz, Josilene Cristina Linhares; Perceptions about medication errors: analysis of answers by the nursing team – Elena Bohomol, Lais Helena Ramos; Problemas na comunicação: uma possível causa de erros de medicação - Ana Elisa Bauer de Camargo Silva, Silvia Helena de Bertoli Cassiani, Adriana Inocenti Miasso, Simone Perufo Opitz; Terminologia de incidentes com medicamentos no contexto hospitalar
Maria de Almeida Rocha Rissato, Nicolina Silvana Romano-Lieber, Renato Rocha Lieber. TESES E DISSERTAÇÕES - Análise de risco do processo de administração de medicamentos por via intravenosa em pacientes de um hospital universitário de Goiás - Ana Elisa Bauer de Camargo Silva; Desenvolvimento de um modelo de construção e aplicação de um conjunto de indicadores de desempenho na Farmácia Hospitalar com foco na comparabilidade - Sonia Lucena Cipriano; Determinação do perfil dos erros de prescrição de medicamentos em um Hospital Universitário - Eugenie Desirèe Rabelo Néri; Proposta de um conjunto de indicadores para utilização na Farmácia Hospitalar com foco na Acreditação Hospitalar - Sonia Lucena Cipriano; Sistema de medicação: análise dos erros nos processos de preparo e administração de medicamentos em um hospital de ensino - Simone Perufo Opitz.
Bibliografia para referência mundial.
1.
Agencia
de Calidad. Ministerio de Sanidad y Consumo. Seguridad del Paciente.
http://www.msc.es/seguridaddelpaciente.es
http://www.msc.es/seguridaddelpaciente.es
2.
Agencia
de Medicamentos y Productos Sanitarios. Ministerio de Sanidad y Consumo.
http://www.agemed.es
http://www.agemed.es
26.
National Center for Patient Safety.
Department of Veterans Affairs.
http://www.patientsafety.gov/
http://www.patientsafety.gov/
27.
National Coordinating Council for Medication
Error Reporting and Prevention.
http://www.nccmerp.org
http://www.nccmerp.org
As marcas mais vendidas são CORTICÓIDES
E ANTIINFLAMATÓRIOS.
Na mesma linha já comentada pesquisas afirmam que a principal causa de
intoxicação entre os brasileiros é o mau uso de medicamentos na linha
benzodiazepínicos, antigripais, antidepressivos e antiinflamatórios que são mal
empregados, segundo, demonstra um levantamento do Sistema Nacional de
Informações Toxicofarmacológicas. Muitos medicamentos se tornam ineficazes ou
perigosos quando associados a outros. Mas mesmo alimentos e fitoterápicos podem
interagir de maneira nociva com medicamentos. A automedicação é um mau hábito
cultivado por 60% dos brasileiros. "Para complicar, há uma desatenção
generalizada por parte dos médicos com os problemas causados por certas combinações",
na interpretação do toxicologista Gilberto De Nucci. Além das informações já
lançadas nesse livro acrescemos outras associações mais freqüentes e
arriscadas:
Combinação:
CORTICÓIDES
E ANTIINFLAMATÓRIOS.
Nomes
comerciais: os corticóides Meticorten e Decadron e os
anti-inflamatórios não esteróides Spidufen, Cataflam, Voltaren e Feldene.
Efeitos: dores
de estômago e maior risco de sangramento e formação de úlceras.
Recomendações: especialmente
quando o tratamento com corticoide dura mais de cinco dias, não se devem
combinar os dois medicamentos.
Combinação: ANTIÁCIDOS
E ANTIBIÓTICOS.
Nomes
comerciais: Aldrox, Pepsamar e Mylanta Plus e
antibióticos em geral.
Efeitos: os
antiácidos mais comuns diminuem a taxa de absorção do antibiótico. Até 70% do
seu princípio ativo deixa de ser aproveitado.
Recomendações: é
um erro tomar um antiácido para combater a dor de estômago que o antibiótico
possa provocar. É preciso esperar pelo menos uma hora depois da ingestão do
antibiótico para tomar o antiácido SE PRESCRITO POR MÉDICO QUE O ACOMPANHA.
Combinação: MEDICAMENTOS
PARA EMAGRECER E ANTIDEPRESSIVOS.
Nomes
comerciais: os antidepressivos cujo princípio ativo é a
fluoxetina, Daforin, Deprax, Fluxene e Prozac, e os medicamentos à base de
sibutramina Reductil, Plenty e Vazy.
Efeitos: a
fluoxetina inibe enzimas que metabolizam a sibutramina, potencializando seus
efeitos colaterais. Ocorrem aumento da pressão arterial e taquicardia.
Recomendações: os
dois medicamentos só devem ser tomados juntos com acompanhamento médico rigoroso.
Dependendo do metabolismo de cada pessoa, até as doses pequenas podem interagir
de forma perigosa.
Combinação:
INIBIDORES
DE APETITE E Ansiolíticos.
Nomes
comerciais: os anorexígenos Inibex, Desobesi-M, Dualid e
Hipofagin e os benzodiazepínicos Valium, Lorax e Lexotan.
Efeitos: o
paciente pode ter irritabilidade, confusão mental, alteração de batimentos
cardíacos e tontura. Em casos graves, a combinação pode desencadear psicoses e
esquizofrenia.
Recomendações: a
associação não deve ser feita em nenhuma hipótese. Só é cogitada pelos médicos
em casos extremos de obesidade mórbida.
Automedicação para perder peso.
Uma nota real envolvendo uma pessoa com capacidade intelectual acima da
média se automedicou e apresenta sua versão: AUTOMEDICAÇÃO PARA EMAGRECER. A
professora de inglês F.S, 32 anos, misturou, por conta própria, um
antidepressivo com um remédio para emagrecer. "Foram quatro horas de
terror. Minha pressão subiu muito e senti rigidez nos músculos"
MEDICAMENTOS E ALIMENTOS: Interação medicamentosa.
Combinação:
BRONCODILATADORES
E GORDURA.
Nomes
comerciais: Euphyllin e Bamifix.
Efeitos:
o princípio ativo dos broncodilatadores, ao ser absorvido no intestino, compete
com a digestão da gordura dos alimentos – um dificulta a absorção do outro. Em
menor quantidade, o remédio perde o efeito esperado e as crises respiratórias
voltam muito antes do previsto.
Recomendações: não se devem fazer refeições ricas em gordura duas
horas antes nem duas horas depois de tomar o medicamento. É o tempo mínimo para
que ele passe pelo intestino e caia na corrente sanguínea em quantidade
suficiente.
Combinação: ANTIBIÓTICOS DO GRUPO QUINOLONA E LATICÍNIOS.
Nomes
comerciais: Floxacin, Cipro, Trovan e Tavanic.
Efeitos:
o leite e seus derivados neutralizam a atividade do antibiótico.
Recomendações: o alimento e o remédio não devem ser ingeridos
juntos. Depois de consumir um laticínio, deve-se esperar cerca de três horas,
tempo da digestão, antes de tomar um antibiótico. Os alimentos também só podem
ser consumidos duas horas depois da ingestão do medicamento.
MEDICAMENTOS E BEBIDAS.
Combinação: ANTIPARASITÁRIOS E ÁLCOOL.
Nomes
comerciais: Flagyl, Periodontil, Pletil e Facyl.
Efeitos:
a associação causa dores de cabeça, taquicardia, náuseas e sudorese. Em casos
extremos, pode desencadear convulsões.
Recomendações: os tratamentos contra parasitas são curtos –
duram, em média, até três dias –, mas a interação pode acontecer mesmo com
doses moderadas de álcool. Depois do tratamento, é preciso esperar 24 horas até
que o medicamento seja eliminado do organismo.
Combinação: PARACETAMOL E ÁLCOOL
Nomes
comerciais: Tylenol, Acetofen e Dôrico.
Efeitos:
o álcool e o paracetamol, presente em analgésicos, são metabolizados no fígado
e, em combinação, produzem um resultado altamente tóxico. Utilizada com
freqüência, a mistura pode lesionar o fígado. O uso concomitante e recorrente
das duas substâncias pode ser fatal
Recomendações: não existe idéia mais equivocada do que tomar um
comprimido de paracetamol para curar a dor de cabeça de uma ressaca. É
recomendável esperar, no mínimo, seis horas para ingerir qualquer bebida
alcoólica depois do analgésico.
Combinação: ANSIOLÍTICOS E CAFEÍNA (presente, sobretudo em
café e nos chás verde, preto e branco).
Nomes
comerciais: Valium, Lorax e Lexotan.
Efeitos:
dependendo das doses de remédio e de cafeína ingeridas, os efeitos do
ansiolítico são anulados. Em geral, o nível de stress do paciente aumenta ao
perceber que o medicamento não faz efeito.
Recomendações:
deve-se esperar entre oito e doze horas para ingerir cafeína, mesmo em doses
pequenas.
Combinação: ANSIOLÍTICOS E ÁLCOOL.
Nomes
comerciais: Valium, Lorax e Lexotan.
Efeitos:
um potencializa a ação do outro se administrados conjuntamente. Há diminuição
da freqüência da respiração e pode ocorrer até mesmo parada respiratória.
Recomendações: é preciso esperar doze horas até que o princípio
ativo do tranqüilizante tenha deixado o organismo para consumir bebidas
alcoólicas. Ou aguardar doze horas depois de ingerir álcool para tomar o
medicamento.
MEDICAMENTOS E FITOTERÁPICOS.
Combinação: ANSIOLÍTICOS E VALERIANA.
Nomes comerciais: Valium, Lorax e Lexotan.
Efeitos: a valeriana, indicada como um ansiolítico
natural pode potencializar a ação de outros medicamentos de efeito calmante
semelhante. Entre os perigos, letargia e queda de pressão arterial.
Recomendações: na falta de informações conclusivas sobre os
riscos, o melhor a fazer é evitar a associação.
Combinação: GINKGO BILOBA E ÁCIDO ACETILSALICÍLICO.
Nome comercial: Aspirina.
Efeitos: no organismo, as ações anticoagulantes das
substâncias se somam, aumentando o risco de sangramentos internos.
Recomendações: só é seguro tomar ginkgo biloba depois de no
mínimo dez dias do uso de Aspirina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário